terça-feira, 26 de janeiro de 2010

sábado, 16 de janeiro de 2010

A luta

Ensaio Especial
São Luis do Paraitinga
(15/01/10)

Calamidade

No último dia 15 de janeiro estive em São Luis do Paraitinga, cenário de uma das maiores tragédias envolvendo chuvas e inundações no estado de São Paulo nos últimos tempos.

Depois de quase 15 dias, voltou a chover pela primeira vez na cidade, e chegando lá tomei um susto, pois a situação é bem mais grave do que eu pensava.

Está foto mostra os fundos da Matriz de São Luis, que desmoronou em uma cena que emocionou a todos que conheciam o lugar. Ao fundo, outra linda igreja que embeleza ainda mais o cenário local.

A primeira visão - susto


Quando cheguei à cidade me deparei com esse cenário. As casas, à beira do rio, foram completamente devastadas, sendo que a maioria delas perdeu o telhado.
 
Nunca havia visto nada parecido em toda a minha vida.

O recomeço


Depois da tragédia, é hora de respirar fundo, juntar força e pessoas que tenham força ...

Recomeçando


... e começar a trabalhar. A primeira vista o trabalho parece interminável. Não dá nem para saber por onde começar. Mas para ter suas vidas de volta é preciso dar o primeiro passo. O mais difícil...

O tempo


Há coisas que sobrevivem com o tempo. São Luis do Paraitinga sempre foi uma cidade que simbolizou a vitória das coisas sobre o tempo. A natureza venceu as coisas modernas, mas algumas relíquias ainda sobreviveram.

Voltando a caminhar


A cidade está destruída. Pensei em chegar a São Luis, procurar o Marquinhos no Banco do Brasil, ir almoçar, tirar umas fotos.

Mas a cidade está destruída. As coisas vão, lentamente, tomando seu rumo. Equipes de voluntários começam a trabalhar na reconstrução de casas e na limpeza de ruas. Mas, para quem ficou, só resta voltar a caminhar...

Perdas irreparáveis


A destruição atingiu hospitais, casas, escolas... Centenas de livros e cadernos foram perdidos com a inundação. O ano leitivo começando e as crianças vão às ruas em busca de algo que possa lhes ser útil.

Ladeira da saudade


É difícil de acreditar

Choro e riso


Mãos limpas


É a cena que mais se encontra na cidade. Homens e mulheres começando a recomeçar.

Deus soprou o barro e fez a alma...


..e os homens renasceram


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

E tiveram coragem de se levantar


Às vezes o sútil e o praticamente ineficaz para uns é a única saída para quem não tem nada.

Da onde parecia ser impossível


De onde nem se via onde estava


Só de perto se vê o tamanho do estrago


Sentado na beira da calçada um homem olha a cena. Parece que admira o amontoado de veículos, mostrando que a natureza não se importa com nada, só com ela mesmo, quando a desafiam.

Descubro que seu carro está ali, no meio daquilo tudo: 'acontece, quem poderia prever, fazer o que, vamos lá...'

O Haiti é aqui...


Homens do exército e da polícia estão por toda parte, para proteger. Acho que às vezes nem eles sabem bem do que...

O Haiti não é aqui


A cidade e a situação se resumem, mais ou menos, a isso...

Perdas


Grande parte das contruções era de pau a pique e não resistiu à chuva e à água.

Perdas...


Ninguém é poupado


A situação foi tão triste que órgãos como o Fórum ficaram completamente destruídos, em termos de documentos e interior.

Luz no fim


A natureza não faz diferença...


Entre quem tem ou não dinheiro...


O que sobrou do céu


A igreja de São Luis era admirada por pessoas de todo o mundo, uma construção imponente, magnífica, majestosa...

Não sobrou nada, só a lembrança.

As cruzes nunca dobram



Ao olhar a linda igreja, ou o que sobrou dela, vemos o resto das torres e uma sequência interminável de cruzes, que, juntas, formam uma cena esplendorosa, não deixando dúvidas de que, de uma forma ou de outra, cedo ou tarde, tudo estará de pé novamente/